ensinos de jornalismo

08/04/2010

essa semana está sendo bem movimentada. sexta nem chegou e duas coisas movimentaram minha cabeça por caminhos diferentes sobre como pensar o jornalismo.

a primeira notícia foi a pós-graduação profissional proposta pela ufes. com dois anos de duração, e voltada para profissionais de qualquer área, o curso causou alguma polêmica, inclusive uma promessa de mobilização por parte do ca da própria universidade contra sua implantação. chamado de supletivo em forma de pós-graduação, o curso deu a alguns a impressão de apoiar que todos podos podem ser jornalistas, basta apenas aprender a formatar um texto ao formato estabelecido pelo canone jornalístico. enfim, não é que seja a melhor solução, mas acho válida. é, até onde sei, a primeir proposta que se apresenta pós-queda-do-diploma. e se não for esse o caminho a seguir (dar algum tipo de formação complementar àqueles que querem atuar em meios de comunicação mas não têm/querem fazer uma graduação em jornalismo) ao menos algum surgiu. como esper que tantos outros apareçam. mudar os perfis e formas de ensinar jornalismo no braisl é algo que já se está devendo, desde antes da decisão do STJ.

uma outra nova proposta, essa sim me chamando bem mais atenção (o suficiente para querer mudar de país e me matricular) foi a da Columbia University, que pretende iniciar ainda esse ano uma turma de mestrado duplo em jornalismoe  ciência da computação. o curso de dois anos e meio prentende abordar não apenas a utilização de programas e aplicativos na comunicaçaõ, mas permitir que os jornalistas os realizem. se como Joel Kaplan disse em artigo ao Nieman Report, quem mudou a cara do jornalismo foram os engenheiros, é hora de os jornalistas entrarem no barco. e quem sabe até assumir o leme. essa é a aposta do mestrado, que segundo artigo da wired, propõe a formação de ninjas transdisciplinares. é tempo de se pensar um jornalismo integrado às ações do meio digital. não apenas de propor utilizações para o que já existe, mas meios próprios de utilização da tecnologia.

aqui no brasil, no recife mais específicamente (só pra ser bairrista no exemplo), já se vê iniciativas assim, como a parceria entre yvana fechine (ppgcom/ufpe) e professores do centro de informática também da ufpe para a discussão de conteúdos e formatos para tv digital, que hoje realizou mais um encontro.

masenfim. o que fica de propostas para dar um arcabouço mínimo – teórico ou técnico – a não-jornalistas(-de-formação) ou de se misturar jornlaismo à discussão de concepções de novos meios digitais de circulação/origanização/produção de notícias é mesmo a necessidade de se mudar o que está parado. pensar e ensinar jornalismo não pode ser feito da mesma maneira. acompanhemos.